quarta-feira, 22 de julho de 2015

Palavras ao vento

Nesta tarde fria de inverno, com pouco trabalho, resolvi fazer uma viagem. Embarquei rumo às páginas passadas deste blog empoeirado. De vez em quando, gosto de fazer uma auto análise através dos meus relatos antigos. Me ajuda a ver o quanto da Tatiana de ontem ainda está aqui e o que mudou. Essa é a vantagem de conseguir se despir ao escrever. Através dos meus textos eu me vejo nua, inteira, sem máscaras. Não é a toa que, por mais antigo que seja um texto meu publicado em algum lugar, sempre identifico o trecho mínimo em que o editor fez alguma alteração. 

As palavras saem da minha alma. Em cada linha, deixo um pouco de mim e compartilho com o mundo (ou qualquer um alguém que tire um tempinho para ler o que tenho a expressar. Por sinal, se tiver alguém aí, valeu! <3). Por isso, acredito que não há forma melhor de me conhecer profundamente. Não gosta da minha escrita? Certamente, não gosta de mim!

Por quê estou escrevendo isso? Não sei, na verdade. Mas, acho que, de alguma forma, "me ler" aqui, me ajudou a restaurar essa paixão pela escrita que estava um pouco desbotada. Há algumas semanas, cheguei a considerar que essa relação tão antiga, profunda e estável estava chegando ao fim. Que o amor não era mais o mesmo e que o tesão pelas palavras estava sumindo. Preciso dizer que me desesperei diante dessa possibilidade que ganhava forma diante de mim?

A boa notícia é que posso respirar com a deliciosa sensação de alívio. A breve fase passou (Favor não voltar, ok?), mas serviu para renovar meus ânimos e trazer uma fome de palavras e sede de escrita. Então, vou me fartar neste banquete. E você é meu convidado especial. Sirva-se à vontade de textos, lembranças e reflexões.



Buon appetito!