sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Aquela escorpiana e sua natureza

Se tem uma fábula que faz parte da minha vida é aquela do “O Escorpião e a Rã”. E os motivos vão muito além do fato de eu ser escorpiana e ter verdadeira fobia a rã e seus parentes desagradáveis. A questão é que meu pai adora essa história e sempre que pode relembra e nos conta novamente, como se já não soubéssemos cada detalhe dela. 

Para quem não conhece, irei contá-la: “O escorpião aproximou-se da rã que estava à beira do rio. Como não sabia nadar, pediu uma carona para chegar à outra margem.

Desconfiada, a rã respondeu: “Ora, escorpião, só se eu fosse tola demais! Você é traiçoeiro, vai me picar, soltar o seu veneno e eu vou morrer.”

Mesmo assim o escorpião insistiu, com o argumento lógico de que se a picasse ambos morreriam. Com promessas de que poderia ficar tranquila, a rã cedeu, acomodou o escorpião em suas costas e começou a nadar.

Ao fim da travessia, o escorpião cravou o seu ferrão mortal na rã e saltou ileso em terra firme.

Atingida pelo veneno e já começando a afundar, a rã desesperada quis saber o porquê de tamanha crueldade. E o escorpião respondeu friamente:

— Porque essa é a minha natureza!”.

Como boa escorpiana que sou, não nego meu signo e meu aniversário de 25 anos fez com que lembrasse desta fábula e, com exageros à parte, me identificasse com o seu protagonista. Vamos à história real:

Em várias das comemorações importantes ou não que temos na minha casa, optamos por celebrar no Adelso, nosso restaurante preferido na grande PL City. Para as minhas bodas de prata de vida, quis fugir da nossa “natureza” e combinei com meus pais que iríamos pegar estrada e ir ao Baby Beef, em BH. 

Mas calma que lá vem história! Nada é tão simples assim...

Saímos de casa com esse propósito e passaríamos na casa da minha tia para buscar minha irmã. No meio da estrada, caiu uma chuva tão forte, que deu tanto medo, que meu único pensamento era quão trágico seria morrer justo no dia das minhas bodas (sou dramática, o que me faz ter uma tendência para pensamentos trágicos).

Sem exageros, chegou ao ponto do meu pai não enxergar um palmo a frente dele, não havia sinalização, nem acostamento e propus que achássemos um retorno para voltar para PL City. Minha mãe nem respirava direito mais, apelando para todos os santos que tem conhecimento da existência (e acredito ter criado alguns, como "Nossa Senhora dos motoristas sem visão na estrada"  ou "Santo protetor das filhas que fazem aniversário em tempos chuvosos"). Após pararmos um pouco, fizemos isso e pegamos o caminho da roça.

Chegando aqui, para não perder a produção (estávamos lindos e gatos como sempre!), optamos por fechar a noite e a comemoração do meu aniversário onde? Sim! No nosso "habitat natural", o Adelso!

Conclusão da fábula: Tentei fugir da minha natureza e meu ferrão me traiu. Como sou mocinha e não vilã, tudo acabou muito bem! No caso, o veneno foi substituído por um bom mojito, garantimos uma deliciosa refeição, risadas, cantoria e, de brinde, o segundo texto deste humilde diário virtual! 

E meus 2.5 começaram de uma forma diferente da planejada, mas com emoção, uma boa história e a lição de que optar pela escolha natural, muitas vezes, pode ser um ótimo caminho. Não poderia pedir nada melhor! (A não ser a presença da minha irmã, que merece ser citada aqui, já que perdeu a comemoração!).



Fim!

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Aquela de 25




Hoje, completo 25 anos ou, como tenho intitulado, cheguei às minhas bodas de prata de vida. Não por acaso, resolvi lançar esse diário virtual (mas não menos pessoal e introspectivo), nesta data tão significativa para mim.

Quem me conhece bem, mas bem mesmo, sabe que nos últimos anos andei desanimada para comemorar meus aniversários. Vivenciei épocas de inevitáveis – porém acredito que um pouco precoces – crises existenciais, daquelas que nos fazem questionar melancolicamente o que fizemos até então, o que conquistamos e, principalmente, deixamos de fazer. 

Posso dizer? Isso não mudou minha vida, não tornou as coisas mais fáceis e percebi que a única coisa que de fato aconteceu foi eu ter perdido a oportunidade de realmente celebrar a vida e o quão sortuda sou. 

Mas isso mudou. Eu mudei. Ou será que a chegada dos 25 anos mudou algo em mim? Como sempre fui um pouco precoce em certos aspectos, acho que estou vivendo a crise dos 30 antecipadamente. No entanto, uma crise para lá de positiva. Nunca estive tão bem comigo mesma, com quem me cerca, com o universo e com a minha relação com Deus. Acho que tudo isso vem de um amadurecimento natural, mas que também tem uma boa parcela de vontade e esforço diário.

Se os meus “Vinte e poucos anos” não foram tão libertários como sempre imaginei que seria ao ouvir a música do Fábio Jr., mal posso esperar para começar a vivenciar com toda garra, fôlego e boas perspectivas os meus “vinte e tantos anos”. 

Para mim, os 25 passam a ser o “novo 18”, afinal ninguém me dará uma idade superior a essa mesmo. Portanto, declaro iniciada a minha maioridade espiritual! E convido você a acompanhar comigo essa minha busca diária pelas delícias existentes “além dos 25”, muito além de qualquer idade retratada em uma carteira de RG desbotada. 


Que seja leve, mas não tão breve... Afinal, não teremos pressa... “vamos viver tudo que há pra viver... VAMOS SIM NOS PERMITIR!”.