quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Os primeiros rascunhos de uma experiência viajante

No dia 23 de setembro embarcarei rumo a essa que espero que se torne a melhor experiência da minha vida até agora. E convido vocês a vivenciarem comigo a expectativa para começar a vivenciar esses momentos tão desejados. 

A realidade é que a minha viagem começou há alguns meses. No silêncio da madrugada, em meu escuro quarto, passei algumas incontáveis noites pesquisando o meu sonho, que ainda me parecia tão distante e improvável. 


Sabia que queria conhecer lugares nunca visitados por mim. Mas eram (e ainda são!) tantos os destinos onde eu desejava carimbar no meu passaporte cheio de espaço em branco, que todas as opções pareciam tentadoras. Mas uma em especial se mostrou de cara a tradução de tudo o que eu desejava. 

Passar três semanas vivenciando uma nova cultura, em uma das mais belas paisagens do mundo, saboreando a irresistível culinária italiana, sempre acompanhada de um bom vinho. Como não se render a todos os atrativos que a região da Toscana me apresentou em uma única leitura, em algum blog de intercambista com português mal escrito? 

Eu sequer tentei resistir. Me joguei de cabeça na ideia de conhecer o berço do renascimento, na inspiradora e fascinante Firenze. E nada mais me pareceu tão atraente. Nenhum outro destino fez com que eu me sentisse mais segura e ansiosa, como jamais havia estado antes. Era o mais certo, dentre um mundo de incertezas. Só sabia, a partir daquele instante, que a viagem dos meus sonhos tinha destino definido e um sabor especial de gelatto. 


Como resolvi ir sozinha, com muita coragem e ajuda do Google Translate para me virar, me inscrevi em uma escola de curso de italiano para estrangeiros. Uma ótima desculpa para viajar: vou ali aprender italiano e já volto! Afinal, nada mais útil nos dias de hoje do que estudar o idioma, né? Vai que, sei lá, você encontra um bello ragazzo perdido em sua cidade? Só de saber falar “bello ragazzo” já saiu na frente das outras interessadas. 

Não se assuste com esse pensamento. Vivo em uma cidade em que a matemática é próxima a 235 mulheres para cada homem, ou seja, caso de sobrevivência ter um diferencial assim, concorda? Certeza que qualquer belorizontina me entende!

Pois bem. Depois de passar por várias crises de ansiedade ao tentar fechar tudo sozinha, escolhi uma agência de intercâmbio para me ajudar com toda burocracia da viagem. Escolhida a escola, que cuidou de selecionar o apartamento que será meu lar por três semanas no início do outono europeu, vi que poderia ampliar um pouco mais o meu roteiro.

Um das grandes vantagens em se viajar para o velho continente é a facilidade de passar por diferentes países, em um curto período. E por coincidência divina, uma semana antes das minhas aulas começarem em Firenze, acontecerá a Paris Fashion Week. 


Imagine o que é para uma jornalista de moda ter a possibilidade de acompanhar o clima da principal semana de moda mundial, onde desfilam as marcas mais luxuosas, os fashionistas mais badalados! Um sonho tão grande, que mal me permitia imaginar isso! É o equivalente ao que os jornalistas esportivos sentiram neste ano ao vivenciar a Copa do Mundo por aqui! 

E cá estou eu! Pronta para marcar esse gol digno de final de campeonato na minha vida. Comprei as passagens rumo a esse sonho e, de quebra, ainda resolvi curtir alguns dias em Barcelona, logo que acabar o meu curso em Firenze. O que mais eu posso pedir?

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